O misterioso mundo subterrâneo das cavernas amazônicas, na fronteira entre o Brasil, Venezuela e Guiana
Fonte: http://www.bbc.co.uk
Os tepuyes,
são mesetas impressionantes na fronteira entre o Brasil, a Venezuela e a
Guiana, escondem cavernas que deslumbraram o pesquisador Francesco
Sauro pela primeira vez em 2009.
O pesquisador explica que a logística para explorar as cavernas é complicada e arriscada. “Usamos
helicópteros, mas não se pode chegar apenas por cima. Precisamos
escalar (as montanhas) e é difícil levar todo o equipamento dessa
maneira”.
“Primeiro encontramos a entrada da caverna e depois a exploramos. Há muito pouco tempo disponível para a pesquisa científica.” (Vittorio Crobu/La Venta)
Sauro é
membro do grupo de exploração geográfica internacional La Vent, composto
por pesquisadores venezuelanos, brasileiros e italianos. Na região,
além de vastas cavernas subterrâneas, a equipe já descobriu animais e
novas espécies de minerais.
A equipe
inclui pessoas com vasta experiência em rapel, escalada. “E temos um
código muito rigoroso de segurança”, conta Sauro. “Descemos as paredes
de montanhas de 200, 300, até 400 metros de profundidade. As pedras
podem cair. Os rios também são arriscados.”
Em suas
viagens, Sauro coleta dados sobre a química e a microbiologia das
formações que encontra. Mas o lado científico é apenas um atrativo das
cavernas – o outro são as suas belezas e os seus mistérios.
Os tepuyes, são
mesetas impressionantes na fronteira entre o Brasil, a Venezuela e a
Guiana, no local se escondem cavernas que deslumbraram o pesquisador
Francesco Sauro pela primeira vez em 2009. “É um lugar único no mundo pelas paisagens, morfologia. Todos os que têm a sorte de vê-las têm uma experiência incrível“, disse ele à BBC. (Alessio Romeo/La Venta)
Parte da aventura é também a pesquisa pela ciência, já que os pesquisadores passam horas analisando os dados sobre a química mineral e microbiologia das formações. “Descobrimos um novo mineral que é muito interessante. Também encontramos outros minerais raros“, disse.
Parte da aventura é também a pesquisa pela ciência, já que os pesquisadores passam horas analisando os dados sobre a química mineral e microbiologia das formações. “Descobrimos um novo mineral que é muito interessante. Também encontramos outros minerais raros“, disse.
As cavernas são um
testemunho preservado do passado, diz Sauro. e um ecossistema único que
deve ser protegido. “Nós temos um protocolo de proteção muito rigoroso.
Nos descontaminamos antes de entrar e não deixamos nada para trás, lixo
ou dejetos humanos”, disse Sauro. (Alessio Romeo/La Venta).
Algumas das formações mais curiosas são compostas de óxido de silício e foram moldadas ao longo dos anos por microorganismos (provavelmente bactérias). Acredita-se que estes estromatólitos tenham 350 mil anos.
Algumas das formações mais curiosas são compostas de óxido de silício e foram moldadas ao longo dos anos por microorganismos (provavelmente bactérias). Acredita-se que estes estromatólitos tenham 350 mil anos.
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