Papiro
antigo que sugere que Jesus foi casado é um documento antigo e não uma
falsificação moderna, de acordo com testes forenses:
Inscrição antiga feita em
papiro pode sinalizar que Jesus Cristo tinha esposa. Acredita-se que o
pedaço seja proveniente do Egito Antigo, pois contém escritos na língua
copta (extinta no século XVII), que afirmam: “Jesus disse-lhes: ‘Minha esposa…”’. Em outra parte diz ainda: “Ela poderá ser minha discípula”.
Análises apontam que papiro que fala sobre a esposa de Jesus Cristo (Maria Madalena) NÃO É FALSO. Acredita-se que o fragmento de papiro seja proveniente do Egito.
- Especialistas de universidades
norte-americanas usaram exame de datação por carbono para provar que o
fragmento é antigo e foi escrito entre o quarto e o oitavo séculos
- O fragmento está escrito em
copta antigo e nele se lê “Jesus disse-lhes: a minha mulher”, que se for
verdade poderia sacudir (e por abaixo) as opiniões da Igreja sobre o
celibato
- O Vaticano rejeitou o pequeno documento, um pedaço de papiro de
tamanho 8 cm por 4 cm como uma farsa quando ele foi tornado público em
2012 e alguns “especialistas” permanecem de acordo com a igreja de Roma
Fontes: http://www.dailymail.co.uk e http://g1.globo.com
Historiadora diz que análises não provam que Jesus era casado.
Um
pedaço de papiro antigo que contém uma menção à esposa de Jesus não é
uma falsificação, de acordo com uma análise científica do controverso
texto, informaram nesta quinta-feira (10) pesquisadores norte
americanos.
Inscrição antiga feita em papiro pode sinalizar que Jesus Cristo tinha esposa . Acredita-se
que o fragmento seja proveniente do Egito Antigo, pois contém escritos
na língua copta (extinta no século XVII), que afirmam: “Jesus
disse-lhes: ‘Minha esposa…”’. Outra parte diz ainda: “Ela poderá ser
minha discípula”.
A
descoberta do papiro, em 2012, provocou polêmica. Pelo fato de a
tradição católica da igreja de Roma afirmar que Jesus não era casado, o
documento reacendeu os debates sobre o celibato e o papel das mulheres
na Igreja.
O jornal
do Vaticano “L’Osservatore Romano” declarou na época que o papiro era
uma farsa, juntamente com outros estudiosos que duvidaram de sua
autenticidade baseando-se em sua gramática pobre, texto borrado e origem
incerta.
Nunca
antes um evangelho se referiu a Jesus como casado ou tendo mulheres como
discípulos. Mas uma nova análise científica do papiro e da tinta, bem
como da escrita e da gramática, mostrou que o documento é antigo e um
papiro autêntico.
Nenhuma evidência de fabricação moderna (falsificação) foi encontrada”, declarou a Harvard Divinity School, da Universidade Harvard, em comunicado.
O
fragmento provavelmente remonta a uma data entre os séculos VI e IX, mas
poderia ter sido escrito até mesmo no século II, de acordo com os
resultados do estudo, publicados na revista “Harvard Theological Review”.
A datação
do papiro feita por radiocarbono e uma análise da tinta por
espectroscopia Micro-Raman foram realizadas por especialistas das
universidades Columbia e Harvard e do Instituto de Tecnologia de
Massachusetts (MIT).
“A equipe
concluiu que a composição química do papiro e os padrões de oxidação são
consistentes com papiros antigos, ao comparar o fragmento do Evangelho
da Esposa de Jesus (Gospel of Jesus’ Wife – GJW, em inglês) com um
fragmento do Evangelho de João”, apontou o estudo.
“O teste atual suporta, assim, a conclusão de que o papiro e a tinta do GJW são antigos”, acrescentou o comunicado de Harvard.
Um evangelho diferente: TEXTO DO CONTROVERSO E EXPLOSIVO FRAGMENTO DE PAPIRO:
O
verso do antigo papiro está tão danificado que apenas algumas
palavras-chave – “minha mãe” e “três’ – foram decifradas, mas na parte
da frente, ou recto, a Professora King decifrou oito linhas
fragmentárias:
- Não [para] mim. Minha mãe me deu vi [da] …
- Os discípulos disseram a Jesus,
- Negar. Maria é digno de
- Jesus disse-lhes: Minha esposa
- Ela será capaz de ser minha discípula
- Deixe as pessoas perversas aumentarem (de número)
- Quanto a mim, eu moro com ela, a fim de
- Uma imagem
Origem desconhecida
A origem
do papiro, porém, ainda é desconhecida. A historiadora Karen King, da
Harvard Divinity School, recebeu-o há dois anos de um colecionador – que
pediu para permanecer anônimo. Especialista em cristianismo primitivo, Karen afirmou que a ciência ter mostrado que o papiro é antigo não prova que Jesus era casado.
“A questão
principal do fragmento é afirmar que as mulheres que são mães e esposas
podem ser discípulas de Jesus, tema que foi muito debatido no início do
cristianismo, em um momento em que a virgindade celibatária se tornou
cada vez mais valorizada”, explicou a historiadora em comunicado.
“Esse
fragmento de evangelho fornece uma razão para reconsiderar o que
pensávamos que sabíamos, ao nos perguntar o papel que as declarações
sobre o estado civil de Jesus desempenharam historicamente nas
controvérsias cristãs sobre casamento, celibato e família”, destacou.
O
fragmento mede 4 cm x 8 cm. Karen declarou que a data do documento –
escrito séculos depois da morte de Jesus – significa que o autor não
conhecia pessoalmente o profeta, considerado pelos católicos como “o
filho de Deus”.
A
aparência bruta e os erros gramaticais do papiro sugerem que o escritor
tinha apenas uma educação elementar, destacou o comunicado. O
professor de egiptologia Leo Depuydt, da Universidade Brown, escreveu
um artigo, também publicado na “Harvard Theological Review”, descrevendo
por que acredita que o documento seja falso.
“O fragmento do papiro parece perfeito para um esquete do Monty Python [famoso grupo de comediantes britânicos]”, declarou. Depuydt
apontou erros gramaticais e o fato de as palavras “minha esposa”
parecerem ter sido enfatizadas em negrito, o que não é usado em outros
textos antigos na língua copta.
“Como um
estudante de copta convencido de que o fragmento seja uma criação
moderna, sou incapaz de fugir à impressão de que existe algo quase
engraçado no uso das letras em negrito”, escreveu o professor.
A
historiadora de Harvard, porém, publicou uma refutação às críticas de
Depuydt, dizendo que o fato de a tinta estar borrada era comum e que as
letras abaixo de “minha esposa” eram ainda mais escuras.
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