Há dois meses, pesquisadores descobriram
que um sistema estelar próximo tem ao menos três planetas
potencialmente habitáveis. Agora eles descobriram que dois desses mundos
têm ainda mais potencial de habitabilidade do que eles inicialmente
pensavam.
Todos
os três planetas pareciam bons candidatos quando foram descobertos em
maio. Eles orbitam a mesma estrela anã, TRAPPIST-1, a apenas 40 anos-luz
de distância da Terra. Todos têm mais ou menos o mesmo tamanho da
Terra, e estão na zona habitável nem quente e nem fria demais capaz de
suportar vida.
Em um artigo publicado na Nature, os mesmos
pesquisadores determinaram que ao menos dois dos planetas são, como a
Terra, planetas terrestres – com superfícies rochosas e atmosferas
pequenas e compactas – em vez de gigantes gasosos como Júpiter e
Saturno. “Esses planetas não são mini-gigantes gasosos, o que é uma
coisa boa porque se fossem não seriam habitáveis,” explicou o autor
Julien de Wit do MIT ao Gizmodo. “Nós descartamos esse cenário.
Claro, só porque sabemos que os planetas são rochosos não significa
que eles são mais parecidos com a Terra. “Eles podem ser como a Terra,”
disse de Wit, “ou podem ser como Vênus, com uma atmosfera dominada por
dióxido de carbono e nuvens de alta altitude, ou talvez como Marte.”
Para
estudar a atmosfera dos planetas, os pesquisadores observaram eles
através do telescópio Hubble conforme eles passaram em frente à estrela
que orbitam. Enquanto os planetas estavam nesse chamado trânsito duplo
ao redor do seu sol, os pesquisadores mediram as mudanças no comprimento
de onda da luz estelar.
Gigantes gasosos, como Júpiter, possuem
atmosferas mais leves e difusas que não são propícias para a
habitabilidade. Ao usar pequenas mudanças no comprimento de onda, os
pesquisadores conseguiram visualizar a atmosfera dos planetas e
descobriram que são bastante firmes ao planeta – como o esperado em um
planeta rochoso. Agora eles querem observar ainda mais trânsitos dos
planetas da TRAPPIST-1 para determinar com mais precisão como são essas
atmosferas.
O sistema TRAPPIST-1 foi encontrado inicialmente
usando um protótipo de telescópio robótico localizado no Chile. Os
pesquisadores estão curiosos para saber se outras estrelas pequenas e
frias podem ser lar de sistemas habitáveis parecidos. Para descobrir
isso, eles vão construir mais seis telescópios adicionais – quatro deles
já estão em construção e dois outros serão colocados no Chile e
Marrocos – baseados nesse protótipo. Assim que os seis estiverem
varrendo os céus, podemos descobrir que esses sistemas planetários
potencialmente habitáveis são muito mais comuns do que pensamos.
fonte: http://www.msn.com/pt-br/noticias/ciencia-e-tecnologia/
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